terça-feira, 30 de julho de 2013

Nossos Devidos Lugares.


* Por Draco.


Não por culpa tua ou minha, é dado que nosso papel sexual possui simbologias de poder enquanto o de uma mulher possui simbologias de não poder. Associamos mentalmente o papel do violador à força e o da mulher a de receptora de nosso peso.

Poderia discutir longamente as razões histórico-culturais que fizeram o mundo ser assim ou lamentar sinceramente as desigualdades de gênero e a injustiça que é sermos uma sociedade de macacos racionais que se organizam a partir do patriarcado.

Sinceramente sinto muito por todos os estupros, agressões, limitações de direitos e opressões contra as mulheres. Lamento pelo que se estabeleceu desde a pré-história e gostaria de viver em um mundo justo.

Não é o caso, portanto, vamos ao prazer sexual libertador, para ambos, contido na Dominação Masculina.



 
Sem discutir causas nem razões, meu instinto é Dominar e o de minha submissa é sentir-se acolhida por ser minha posse. Eu gosto disso e ela gosta. Você, por estar aqui, possivelmente gosta também.


O aprendizado da submissa é entender aspectos superiores da Dominação masculina para, através deles, entender a si mesma.

Deve ser atenta para quais são nossos símbolos, nossos códigos, nosso procedimento. Entender os mecanismos que nos despertam. As mulheres médias não investigam o universo masculino adequadamente e não tem a menor idéia de quais sejam nossos conflitos. E portanto, nossa beleza.


A submissão feminina, da gueixa oriental à dona de casa latino americana confunde-se com uma aceitação sexual desse papel. Vivemos em uma sociedade em que nosso sexo determina boa parte de nossas possibilidades e vivências. É lógico que existem mulheres que refutam completa ou parcialmente essa aceitação. Elas não me importam aqui, uma vez que pretendo falar da beleza contida naquelas que abraçam a vocação pessoal de serem protegidas por nós.


Por isso não há prazer maior para um homem como eu do que me sentir aceito como Dono, como mão forte e protetor de minha pequena vadia. O elo mais poderoso que pode existir entre eu e essa fêmea é ver meu comando ser respondido com seu afeto e aceitação infinitas.




Quantas simbologias lindas, ancestrais e poderosas existem em minha cadela quando ela está de quatro para mim. Quando me abre as pernas ou quando eu lhe dou uns tapas e reafirmo esse elo. Quanta beleza está criptografada na sua aceitação servil de tudo quanto lhe imponho. O que está oculto entre nós dois quando eu a uso para me satisfazer é entendido apenas por nossas almas.




Sexo é violação. Sexo é poder.

Há profundidade e sentimento escondido nas entrelinhas do meu sorriso cínico em ver aquela mulher rendida e minha. Isto ultrapassa qualquer humilhação: é elo de confiança.

Há um devido lugar para cada um de nós. Esta mulher iluminada entende isso. Santa puta. Por entender seu papel diante de mim e do que represento, ela se eleva entre as demais e atinge um nível místico de integração com meu ser.



Ela não se revolta. Ela coopera.



Porque é vadia.


Porque é minha.
 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Seja quem voce nasceu pra ser (1-Jung).

Liberdade é aceitar sua Verdadeira Vontade. Só é feliz quem está em harmonia com seu destino.

Leia mais sobre a  Verdadeira Vontade.

Farei uma série de postagens "Seja o que voce nasceu pra ser" utilizando frases de autoridades intelectuais para provar este simples ponto. Vou começar por Jung, criador da teoria dos arquétipos.

* Wiki: Carl Gustav Jung (Kesswil, 26 de julho de 1875Küsnacht, 6 de junho de 1961) foi um psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, também conhecida como psicologia junguiana. 

Sobre autoconhecimento


"Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda."
Carl Jung

"Erros são, no final das contas, fundamentos da verdade. Se um homem não sabe o que uma coisa é, já é um avanço do conhecimento saber o que ela não é."
Carl Jung
 

Sobre os sonhos que temos:

"Os sonhos são as manifestações não falsificadas da atividade criativa inconsciente."
Carl Jung

"Dentro de cada um de nós há um outro que não conhecemos. Ele fala conosco por meio dos sonhos." Carl Jung



Voce é suas vontades

"O ego é dotado de um poder, de uma força criativa, conquista tardia da humanidade, a que chamamos vontade."
Carl Jung

"A criação de algo novo é consumado pelo intelecto, mas despertado pelo instinto de uma necessidade pessoal. A mente criativa age sobre algo que ela ama."Carl Jung



A Significação organiza o mundo a nossa volta

"Tudo depende de como vemos as coisas e não de como elas são."
Carl Jung

"As pessoas não farão nada, não importa o quão absurdo, com a finalidade de evitar encarar sua própria alma."
Carl Jung

 

As respostas estão dentro de nós

Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der."
Carl Gustav Jung

"Ser normal é a meta dos fracassados!"
Carl Jung
 
Não existe cura para quem nunca foi doente

"Só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos." 
Carl Gustav Jung

"Quem não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera." Carl Jung

 

Há como resistir à minha Verdadeira Vontade?

"Tudo aquilo que não enfrentamos em vida acaba se tornando o nosso destino." Carl Jung

"Aquilo a que você resiste, persiste." Carl Jung



Disciplina é Liberdade. Viva com intensidade.

"Qualquer árvore que queira tocar os céus precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar os infernos."
Carl Gustav Jung

"O que negas te subordina. O que aceitas te transforma."
Carl Gustav Jung
 


O sentido da vida é a realização da sua Verdadeira Vontade.

"Aquilo que na vida tem sentido, mesmo sendo qualquer coisa de mínimo, prima sobre algo de grande, porém isento de sentido."
Carl Gustav Jung."

"Não conseguimos mudar coisa alguma sem antes aceitá-la. A condenação não libera, oprime."
C. G. Jung



Os símbolos governam o mundo

"Não podemos querer entender o mundo apenas com o intelecto."

Jung

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Dominação e submissão

 
Dominação e submissão são práticas diretamente ligadas ao sadomasoquismo e fazem parte do acrônimo BDSM (bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo).Esse tipo de comportamento pode ser classificado como parafilia por algumas pessoas.

Também conhecido como D/S , é a forma de se denominar uma relação desigual estabelecida entre duas pessoas, onde todo o poder é dado ao dominante e cabe a parte submissa obedecer por livre e espontânea vontade, realizando tarefas e obedecendo ordens que podem ou não ter conotação sexual.


A relação D/s

Dentro da relação Dominador(a)/submisso(a), o sadismo, o masoquismo e mesmo o sexo podem existir, não sendo necessariamente os ingredientes principais da relação, que se baseia no prazer de se doar pelo submisso(a) e no de comandar pelo(a) dominante, sendo muito comum que essa relação seja meio confusa no início, mas é importante que o submisso atenda o dominador sempre.


Apelidos na internet

Nos chat's da internet onde se iniciam muitas relações dessa natureza, apelidos como DOM para homens e DOMMES para mulheres são bastante comuns, assim como Sub para a parte submissa. Além desses apelidos é comum dominadores se autodenominarem com títulos de nobreza, tais como Sir, Lorde, Rainha, ou por Mestre, senhor, dono(a) entre outras.



Os indivíduos submissos também podem se autodenominarem de várias formas desde as mais humildes como servo(a),escravo(a), cadela, verme, até as mais vulgares para os que gostam de ser humilhados. Uma das formas de se expressar as relações na rede é usando apelidos entre parenteses, chaves e colchetes para denominar a posição de submissão ou domínio. A coleira é pertencente ao Top (Dominador ou Dominadora) da relação e cabe a ele aceitar ou não um submisso, quando isso ocorre a coleira é entregue ao escravo. Portanto o nome na coleira (entre as chaves) é a do servo(a):
  • {sub}_DONO;
  • [sub]_DONO;
  • §sub§_DONO;
Existem inúmeras variações, porém a coleira é e sempre será do TOP sendo que o submisso quando a recebe recebe também o direito de usar o nome do seu dono, e desta forma ele deve honrar ao seu dono e aos ensinamentos que seu dono lhe proporcionou durante o chamado período de adestramento.
Existem sites que não permitem a colocação de caracteres no inicio, daí o servo(a) usará conforme orientação do seu DONO(A).

 

Rituais e práticas

Existem vários rituais popularizados pela literatura existente sobre dominação e submissão, como o ato de colocar uma coleira no submisso(a) simbolizando a auto-entrega e fazendo uma alusão ao cachorro por ser um animal dócil e fiel ao seu dono. Existe o uso de contratos que determinam os direitos e deveres da parte submissa, contendo também os limites que não podem ser ultrapassados pela parte dominante.

Existe a convenção de que se deve praticar o D/S dentro do contexto SSC (sadio, seguro e consensual) e do bom senso para evitar que as fantasias saiam do controle e prejudiquem a vida pública dos envolvido, causando consequências mais sérias.



É comum no D/s , que o dominador(a) dite os detalhes e os afazeres do dia do seu submisso(a), que no caso de falha deverá ser punido de alguma forma. O Spanking é uma das formas de punição, sendo muito usada nos "jogos" D/s. Além do spanking, outras atividades mais lúdicas como o petplay, ou as mais físicas como a podolatria ou as de privação de sentidos e de movimentos como cordas, vendas e mordaças pode ser usada para humilhar e castigar o submisso(a). Cremes, Gelo, cera quente de velas e substâncias mentoladas também são utilizadas para amplificar os sentidos nas relações mais físicas também chamadas de "sessões". Vários artefatos podem ser usados com os mesmos intuitos como objetos de tortura física e sexual, sempre dentro das normas de segurança e bom senso.


A tortura mental é desaconselhável, por haver possibilidade de causar traumas e problemas psicológicos ao submisso. O submisso(a) que por sua vez não deve incentivar nem pressionar o seu dominador(a) a transgredir seus limites na insatisfação dos castigos e humilhações impostos. Algumas pessoas tem fantasias de sofrerem chantagens, e acabam misturando essas com os jogos D/s. As chantagens reais não são consensuais e são desaconselháveis, inclusive por serem um ato ilícito passível de punição penal.
O D/s deve ser visto como um jogo erótico de adultos, podendo ser praticado em situação que invadem o cotidiano dos relacionados. Existe a prática do 24/7 (24 horas por dia e 7 dias por semana)onde o indivíduo submisso deve ser controlado nos mínimos detalhes do seu dia, desde a roupa que veste até as coisas que come, fala e faz durante o dia.


Diferenças entre D/s e SM

Existem divergências entre os praticantes quanto a tentativas de classificar as relações como D/s ou SM, sendo um dos fatores que contribuiu para o uso do termo BDSM, por ser mais genérico. A relação D/s diferente da SM, tende a ser mais romântica de uma certa forma por envolver supostamente mais sentimentos entre dominante e dominado podendo eventualmente se transformar em relações muito profundas. Contudo o romantismo nesse tipo de relação não é uma unanimidade entre os praticantes.



As pessoas que optam pela submissão na relação D/s, supostamente se diferenciam dos que se denominam escravos(as) pelo fato de haver mais sentimentos em relação ao dominador(a). Os escravos(as) seriam mais propensos a se importarem apenas com o prazer físico imposto pelos castigos e estariam mais ligados ao SM do que ao D/s.

*Wiki.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

It's Respect.


* Wiki

"O respeito demonstra um sentimento positivo de estima por uma pessoa ou para uma entidade (como uma nação, uma religião, etc.) e também ações especificas e condutas representativas daquela estima.

Respeito também pode ser um sentimento específico de consideração pelas qualidades reais do respeitado.

Pode também ser conduzido de acordo com uma moral específica de respeito. Ser rude é considerado uma falta de respeito (desrespeito) enquanto que ações que honram a alguém ou a alguma coisa são consideradas respeito. Morais especificas de respeito são de importância fundamental para muitas culturas.

Respeito por tradições e autoridades legitimas são identificadas por Jonathan Haidt como um dos cinco valores morais fundamentais compartilhados para um maior ou menor por sociedades diferentes e indivíduos diferentes. Respeito não deve ser confundido com tolerância porque tolerância não diz necessariamente nenhum sentimento positivo, e não é compatível com desprezo, o contrário de respeito

A palavra respeito vem do latim respicere que significa olhar para trás. Isso evoca a ideia de julgar alguma coisa em relação ao que foi feito quando é valoroso ser reconhecido, por gratidão."

quinta-feira, 18 de julho de 2013

História da Transexualidade.


*Wiki

"(...) Não existem referências disponíveis a respeito de
homens vivendo como mulheres ou mulheres vivendo como homens antes do Império Romano.2 Filo, filósofo judeu helenizado do século I d.C. e morador em Alexandria, segundo Hyde (1994)5 e GREEN (1998),6 descreve homens que se travestem e vivem como mulheres, chegando até a se emascular e retirar o pênis. Seriam os chamados eunucos, termo que deriva da expressão grega para guardião ou zelador do leito. Aqueles que guardavam, sem riscos, os leitos das mulheres de seus senhores.7GREEN (1998)6 cita as descrições e poemas feitos pelos romanos Manilus e Juvenal acerca desses indivíduos que viviam e se comportavam como mulheres e tinham vergonha e ódio de serem vistos como homens.

Esses eunucos, em
Roma, tinham os testículos extirpados, mas muitas vezes mantinham seus pênis, o que lhes possibilitava ereções. Alguns, todavia, tinham os testículos e pênis removidos.
 

Vários
imperadores romanos são descritos por se travestirem (transexuais, travestis e transgêneros) ou apresentarem características afeminadas. Contudo, dois casos merecem destaque. O primeiro diz respeito a Nero que após chutar sua esposa grávida, Poppaea, até a morte, arrependeu-se e, tomado de remorsos, buscou alguém parecido com ela. Encontrou em um escravo, Sporus, essa semelhança. Nero então ordenou a seus cirurgiões que o transformassem em mulher. Após a cirurgia os dois se casaram formalmente – inclusive com direito a véu de noiva e enxoval – e Sporus viveu como mulher a partir de então (...)".

"(...) Durante o
século XVII, na França, o abade de Choisy, também conhecido como François Timoleon, após ter sido criado como menina por sua mãe, deixou um vívido relato de seu desejo de ser e de se vestir como mulher.6
Um dos mais famosos personagens de “cross-gender” é o Chevalier d’Eon, que deu origem ao epônimo “eonismo” para significar o fenômeno do travestismo em linhas gerais. Ele era o rival de Madame de Pompadour como amante de Luis XV. Quando o rei descobriu seu erro de avaliação, nomeou-o embaixador. Quando Luis XV faleceu, ele viveu permanentemente como mulher. Passou seus últimos anos na Inglaterra e viveu 49 anos como homem e 34 como mulher.6

Em Versalhes, em 1858, Mlle. Jenny Savalette de Lange revelou, ao morrer, se tratar de um homem. Passou toda a vida como mulher, tendo se relacionado com seis homens; tinha certidão de nascimento falsa e recebia do rei uma pensão e moradia em Versalhes. (...)".

Aspectos Mitológicos

"(...) Na
mitologia greco-romana, segundo GREEN (1998),6 encontra-se referência a Vênus Castina, a qual, para GREGERSEN (1983, p. 71)8 seria a “deusa que se preocupa e simpatiza com os anseios de almas femininas presas em corpos masculinos”. Uma das várias denominações e especificações da deusa do amor, mais conhecida entre os gregos por Afrodite.



Outras referências mitológicas são encontradas em indivíduos cuja mudança de sexo não se dá por desejo, mas, sim, por punição divina. GREEN (1998)
6 cita o mito do adivinho Tirésias de Tebas, que, ao ascender ao monte Citerão, encontra duas cobras copulando. Ao separá-las e matar a fêmea, ele é punido pelos deuses, sendo transformado em mulher. Sete anos depois, ao se adaptar a essa condição e forma femininas, Tirésias sobe o mesmo monte.

Ao se deparar com a mesma cena de duas cobras copulando, mata o macho e, com isso, consegue ser novamente transformado em homem pelos deuses. Por ter experimentado tanto o prazer sexual feminino quanto o masculino, Tirésias é escolhido como juiz em uma disputa entre
Zeus e Hera com relação a esse tema. Ao afirmar no veredito que o prazer da mulher era superior ao do homem, na proporção de nove a um, a deusa o cega, pois apesar de aparentemente dar a vitória às mulheres, sua conclusão privilegiava os homens, na medida em que o prazer feminino dependeria do desempenho masculino.10 Zeus, condoído, dá-lhe o dom da adivinhação como forma de “ver o futuro”. Tal dom desempenhará papel especial em outros mitos como, por exemplo, o de Édipo.



 
Já no reino da Frígia (atualmente região da Turquia), os sacerdotes do deus Átis - filho e amante de Cibele, a mãe Terra - eram obrigados a se castrar em deferência a Átis, que se emasculou sob um pinheiro por conta desse amor proibido, mas realizado. Esses sacerdotes não só se castravam, mas também podiam retirar toda a genitália externa masculina. Viviam e se vestiam como mulheres comuns.

O culto foi levado a
Roma após as Guerras Púnicas travadas contra Cartago nos séculos III e II a.C., onde, apesar de proibido, era valorizado. Para homenagear esse amor entre mãe e filho, os iniciados no culto de Cibele dançavam em frenesi no Dia do Sangue. Os sacerdotes do culto atravessavam as ruas de Roma, extirpavam seus testículos com uma faca de pedra consagrada e depois jogavam as partes ensangüentadas na casa de um romano fora de suspeita. Os moradores afortunados dessa casa deveriam dar roupas de mulher ao sacerdote, que as vestiria até o final de sua vida. Conhecidos como galli, esses eunucos vestidos de mulher tomavam conta do templo de Cibele, que permaneceu até o século IV d.C. no sítio romano hoje ocupado pela basílica de São Pedro.7
 

Os gregos possuíam ainda um
deus chamado Hermafrodita, que era o patrono da união sexual. Filho de Hermes e Afrodite, possuía mamas e pênis. Conforme estátuas e representações no Museu do Louvre e outros museus, ele lembra muito os atuais travestis ou transexuais, tanto em forma física como em postura: masculina e feminina ao mesmo tempo.

Outra referência mitológica remete a uma tribo de
Cítios - povo da Antiguidade - os Enarees, que foram punidos por Afrodite por terem saqueado seu templo mais antigo, em Ascelon. Foram transformados em mulheres assim como toda a sua descendência. Hipócrates, todavia, via a feminilização dos Enarees como resultado de intensas e constantes cavalgadas que afetariam sua masculinidade por alguma forma de lesão física.6 9 11 BRANDÃO (1997)10 relata que o travestismo e a androgenia estão intimamente relacionados ao casamento do herói grego. São vários os heróis que mudam de sexo: Ceneu, Ífis, Leucipo eram mulheres que foram transformadas em homens na época do casamento; Himeneu, Cécrops, Átamas, por sua vez, eram homens e se transformaram em mulheres também na época do casamento. O autor sugere que o casamento do herói seria uma forma de restituição de um equilíbrio perdido; retoma o mito andrógino narrado por Platão, por meio de Aristófanes
no livro “O Banquete”, no qual todo ser humano era composto de duas partes, ou homem ou mulher, que teriam sido separadas por decisão divina. Dessa forma, desde então todos buscam a metade perdida (homem ou mulher), a “alma gêmea”.



Outras Culturas

  Não apenas na mitologia greco-romana a mudança de gênero encontra-se presente. No livro
hindu Mahabharata, é descrita a história de um rei que se transformou em mulher após se banhar em um rio mágico. Teve centenas de filhos e quando foi-lhe oferecida a oportunidade de ser novamente transformado em homem, recusou, pois dizia a quem quisesse ouvir que o prazer da mulher é muito maior do que o do homem. Ao contrário do mito grego de Tirésias, sua recusa foi aceita e ele viveu como mulher.6

Na
Europa Ocidental, em plena Idade Média, bruxas e demônios dominavam o cenário religioso e cotidiano. Em 1486, dois monges dominicanos, Heinrich Kramer e Jacobus Sprenger, publicam o Malleus Maleficarum, livro depois adotado pela Inquisição no qual relatam-se casos e tratamentos de bruxarias e possessões demoníacas.6 12 Interessante nessa obra, um homem nunca poderia ser transformado maleficamente em mulher, mas uma mulher poderia, sim, ser transformada em homem. Isso aconteceria pelo fato da natureza, na visão corrente à época, evoluir da mulher para o homem, sendo a mulher um homem pouco desenvolvido."13


"(...) Relatos
etnográficos do mundo todo revelam fenômenos de mudança de gênero em muitas culturas e povos.2
Várias tribos de índios norte-americanos têm relatos ou entendimentos míticos ou culturais de mudança de gênero.5 6

Os mais famosos são os
Yuman, que acreditam numa “mudança de espírito” após determinados sonhos que aconteceriam na puberdade. Nesses sonhos, jovens homens sonhariam que seriam mulheres e passariam a adotar a postura e os trejeitos femininos, sendo chamados de elxa. O contraponto feminino também ocorre e é chamado de kwe’rhame. Eles são aceitos pela tribo e passam a desempenhar os papéis do gênero atribuído e não mais os do gênero de nascimento. Entre os Yuman da Sierra Estrella acredita-se que a montanha tenha o poder de transformar o sexo dos meninos que desde cedo mostrariam essa mudança. Seriam os Berdache, homens que vivem como mulheres e são aceitos como tal. O contrário, mulheres que vivem como homens, também existe e é aceito.6 21 Isto revela uma aprovação social que permite a mudança de gênero.22

O termo berdache foi primeiramente utilizado pelos exploradores franceses da América para descrever os indígenas norte-americanos homossexuais passivos, isto é, aqueles nativos que mantinham relações sexuais com outros do mesmo sexo e eram penetrados por esses. Isto gerou a confusão e sinonímia entre homossexualidade e travestismo com o fenômeno de mudança de gênero. Aliás, a palavra berdache deriva do francês “bardash” que, por sua vez, é derivado do termo italiano “ berdascia”, com origem no árabe “bardaji”, variação do persa “barah”, que significa escravo, michê ou prostituto.22

Outras tribos são descritas como os
Cocopa, os Mojave, Navajo, Jukis e Pueblo, tendo e aceitando os mesmos comportamentos.6 Há registros de "invertidos sexuais" também nas tribos Tupinambás. Os "invertidos sexuais" dessas tribos, algumas vezes referenciados como homossexuais sem necessariamente serem considerados como transexuais, eram chamados de "tibira" (para o sexo masculino) e "çacoaimbeguira" (para o sexo feminino) com origem na língua Tupi". 
 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Dominante.


"Em um relacionamento sexual, o termo ativo refere-se à pessoa que faz sexo penetrando anal ou oralmente outra pessoa, que por sua vez, assume a posição de oposto e por isso é chamado passivo. Por extensão, a palavra ativo também é usada para identificar pessoas que geralmente preferem esta posição sexual, ou que pretendem desempenhar um papel mais dominante durante o sexo, de acordo com o conceito tradicional de identidade masculina (...)."

"(...)  Na prática BDSM, o termo ativo se aplica às pessoas que exercem o papel dominante. Atualmente, a escolha de uma ou outra posição sexual depende das preferências individuais. Historicamente, no entanto, nem sempre foi uma escolha pessoal, mas determinada pelo papel social a ser desempenhado pelo sujeito por classe, idade e status. Na Grécia clássica, os ativos desempenhavam um papel dominante ou instrutor, enquanto os passivos eram considerados pessoas mais jovens ou socialmente menos favorecidas. Assim, o homossexual ativo tem sido muito menos perseguido do que o homossexual passivo em muitas civilizações, ou mesmo não sendo perseguido em todas as regras sociais se cumpriu esse papel."

"(...) Como um exemplo extremo, em culturas como a viking, um estupro homossexual de um guerreiro foi considerado um ato de virilidade para o ativo, mas uma grande humilhação para os passivos."

"(...) Ainda hoje, o autor não está totalmente considerando o homossexual em determinadas culturas não-ocidentais, como a muçulmana."

* Wiki.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Orientação Sexual Grega.


Transcrição: Wikipedia.

"O amor homossexual na Grécia Antiga teve diversos de seus aspectos explorados por autores da Antiguidade Clássica, como Heródoto,1 Platão,2 Xenofonte,3 e Ateneu.4 A forma mais difundida e socialmente significativa de relação sexual íntima entre membros do mesmo sexo na Grécia do período era entre adultos e adolescentes, conhecida como pederastia; os casamentos heterossexuais, da mesma maneira, eram costumeiramente arranjados de acordo com as idades dos cônjuges, e envolviam homens na faixa dos trinta anos de idade casando com garotas no início da adolescência. Não se conhece com precisão sobre as relações homossexuais envolvendo mulheres na sociedade geral grega, porém existem exemplos que datam deste pelo menos a época da poetisa Safo.5

Os antigos gregos não concebiam a ideia de orientação sexual como um identificador social, da maneira que as sociedades ocidentais vêm fazendo ao longo do último século. A sociedade grega não distinguia entre desejo e comportamento sexual com base no gênero de seus participantes, mas sim pela extensão com que tais desejos ou comportamentos se conformavam às normas sociais, que eram baseadas por sua vez no gênero, idade e status social.5 Existe, no entanto, pouco material a respeito de como as mulheres viam a atividade sexual.

Existem dois principais pontos de vista a respeito da atividade sexual masculina na sociedade grega antiga. Alguns acadêmicos, como Kenneth Dover e David Halperin, alegam que esta sociedade era altamente polarizada em parceiros "ativos" e "passivos", o 'penetrador' e o 'penetrado', polarização esta que era associada com os papeis sociais dominante e submisso; o papel ativo (penetrante) estava associado com a masculinidade, status social mais elevado e a idade adulta, enquanto o papel passivo era associado com a feminilidade, status social mais baixo e a juventude.5 De acordo com este ponto de vista, qualquer atividade sexual onde um homem penetrasse um inferior social seu era tida como normal; como "inferiores sociais" poderiam estar incluídos mulheres, jovens rapazes, estrangeiros, prostitutas ou escravos; e ser penetrado, especialmente por um inferior social, era considerado potencialmente vergonhoso.5

Outros estudiosos, no entanto, argumentam que as relações entre homens costumeiramente envolviam um adulto e um jovem: o homem mais velho assumia o papel ativo (penetrante).6 7 Estes estudiosos descrevem estas relações como "calorosas", "amáveis" e "afetuosas",8 e sustentam que a tradição grega de relações entre indivíduos do mesmo sexo era central ao "aprendizado, literatura, arte, política, história e aos conhecimentos militares dos gregos, em suma, ao milagre grego".9

Pederastia

"A forma mais comum de relações homossexuais entre homens na Grécia Antiga era a "paiderastia" ("amor de/por garotos"). Era uma relação entre um homem mais velho e um adolescente; em Atenas este indivíduo mais velho era chamado de erastes, e sua função era a de educar, proteger, amar e agir como um exemplo para seu amado - chamado de eromenos, cuja recompensa para seu amante estaria em sua beleza, juventude e potencial.

Protocolos sociais complexos existiam para proteger os jovens da vergonha associada com o ato de ser penetrado sexualmente. O eromenos devia respeitar e honrar o erastes, porém não desejá-lo sexualmente. Embora ser cortejado por um homem mais velho fosse praticamente um rito de passagem para os rapazes, um jovem que fosse visto reciprocando o desejo erótico de seu erastes poderia sofrer um considerável estigma social.5
Os gregos antigos, no contexto das cidades-Estado pederásticas, foram os primeiros a descrever, estudar, sistematizar e estabelecer a pederastia como uma instituição sócio-educacional. Era um elemento importante da vida civil, militar, filosófica e artística.10 Ainda existem debates entre os estudiosos sobre o quanto a pederastia era difundida entre as classes sociais, ou se estava limitada à aristocracia.

O aspecto moral da pederastia foi investigado com atenção pelos próprios gregos antigos, e enquanto algumas de suas características foram consideradas vis, outras foram consideradas como o melhor que a vida pode oferecer. Nas Leis de Platão, a pederastia carnal é descrita como "contrária à natureza", e o autor chega mesmo a sugerir que se uma lei proibindo tal comportamento fosse proposta, seria popular entre as cidades-Estado gregas - e que "provavelmente tal lei seria aprovada como correta."11
O assunto ainda é debatido entre historiadores, quando muitos ainda afirmam que a teoria de Walter Pater (de que não havia distinções na mentalidade dos antigos gregos de amor platônico e amor carnal) era um equívoco. Até mesmo durante o movimento hippie, inúmeros estudantes também homossexuais se basearam na interpretação de Walter Pater."


Não confundir Pedofilia com Pederastia

A pedofilia, com que é, por vezes, identificada, é geralmente considerada como uma perversão sexual caracterizada pela atracção física (ou de outra ordem) por crianças até a puberdade, sejam elas do sexo masculino, feminino ou ambos, sendo mesmo classificada como uma doença mental pela Organização Mundial da Saúde8 , enquanto a pederastia, pelo contrário, dirige-se exclusivamente para adolescentes e não possui essa conotação de doença mental. Os dois termos são assim mutuamente excludentes. Por sua vez, os pedófilos podem ser de ambos os sexos (homens ou mulheres) e também de ambas as orientações sexuais, heterossexuais ou homossexuais.

Arquétipo: Causa primordial.



"(...)Esse homem perverso está presente em todos os segmentos da sociedade; desde as famílias abandonadas até nas supremas cortes e muito mais.

A revista Veja no. 2115 de 03 de junho traz uma entrevista com Contardo Calligaris, onde ele explica a angústia de homens contemporâneos com a perda de papéis tradicionais: "O homem passou a não saber mais como ser homem. Alguns encaram os esportes radicais como o que lhes sobra de virilidade. Para outros é a vida sexual." O homem que luta pelo poder a qualquer custo, também pode ser considerado neste contexto. A causa psicológica é a construção de um mundo voltado apenas para o homem, com clara exclusão da mulher, o que criou no homem uma espécie de esterilidade da alma, levando esse homem desalmado, a criar instituições machistas, abandonando o poder de gestação do feminino, como as estruturas religiosas judaico-cristãs: A mulher só serve para ser professora ou enfermeira, enquanto ao homem é facultado o acesso a todos os postos hierárquicos. A falta de acesso ao arquétipo feminino deixa o homem sem a intuição e a compaixão.

Arquétipo é a causa primordial de toda existência. Segundo Jung, o Self é o arquétipo em torno do qual se reúne toda a estrutura psíquica. Do arquétipo de Deus, deriva-se o arquétipo do Rei e deste, o arquétipo do Pai, que é o que nos interessa nesse texto. Do livro "A filha do HERÓI - Summus editorial-SP, 1997. pag. 107. Maureen Murdoc, citamos: "O PAI como arquétipo está carregado com o poder e o privilégio de um Rei, Protetor, Sacerdote e até mesmo Deus nas famílias e sociedades há milhares de anos. A lei, a ordem e a hierarquia são corporificadas pelo arquétipo do Pai, assim como a promessa de proteção, sustento e identidade. Uma manifestação positiva do arquétipo do Pai é o rei sábio, em torno de quem gira o reino (sua família). Como Salomão, do Velho Testamento, o rei sábio utiliza seu poder com justiça e compaixão e nutre os que o rodeiam.

A manifestação negativa do arquétipo do Pai, por outro lado é o rei patriarcal, que exerce seu poder de modo rígido e injusto. Ele governa o reino (sua família) de maneira autocrática, invocando o medo e exigindo total obediência e lealdade. Como o rei Herodes, do Novo Testamento, o rei patriarcal é um tirano, aniquilando qualquer um que ameace a sua autoridade. O pai pessoal é dotado com o poder misterioso e a força do arquétipo do Pai, e assim como o arquétipo, manifesta tanto as qualidades positivas quanto as negativas. (...)"

* Trecho de "A CRISE DE IDENTIDADE MASCULINA" por Osmar Francisco dos Santos